Joaquim Leopoldino da Rocha (1893-1975)



Joaquim Leopoldino da Rocha, “Quinco”, um dos 12 filhos do Major Leopoldino da Rocha Soares, nasceu no dia 03 de agosto de 1893 na Fazenda Piranhas, comunidade pertencente ao então município de Patrocínio, atualmente denominado Pio IX, na região Semiárida do Piauí. 

Joaquim se casou aos 24 anos de idade, em 11 de novembro de 1917, com a costureira Maria Francisca das Dores, que tinha 20 anos, filha do casal Manoel Francisco de Carvalho e Francisca Maria da Conceição. 

Manoel Francisco de Carvalho, em alguns registros Manoel Rodrigues de Carvalho, mais conhecido como “Nezeiro”, era um rico criador de gado da Fazenda Riachão, localizada no atual município de Monsenhor Hipólito (PI). A família Carvalho tinha estreita ligação de amizade e parentesco com a Família Rocha.

De acordo com a história oral, Maria Francisca das Dores, apelidada de “Didária”, era uma mulher de grande coração, que presava pela solidariedade e cultivava o espírito compreensivo. Era considerada uma verdadeira mãe pelas noras.

Quinco tenha como avós paternos Joaquim da Rocha Soares e Antônia Francisca do Nascimento; e maternos João Pedro de Souza Brito e Maria Joaquina São José. Em relação a Didária os avós paternos eram Ricardo Rodrigues de Carvalho e Maria Antônia Souza e maternos Antônio Pedro de Souza e Rosa Maria da Conceição.

Joaquim e Didária tiveram 16 filhos: Maria Santa de Carvalho (1918-2001); Nemésio Joaquim da Rocha (1912-1998); Elísio Joaquim da Rocha (1923-2010); Carmosina Maria de Carvalho (1924-2005); Manoel Joaquim da Rocha (1927-2001); Francelino Joaquim da Rocha (1931-2017); José Joaquim da Rocha (1938-2016); Rosa Maria de Carvalho (falecida em 1989); Adão Joaquim da Rocha (vivo); Ana Maria da Rocha (viva); Francisca Maria da Rocha (falecida); Leopoldina Maria da Rocha (falecida); Luís Joaquim da Rocha (vivo); Eva Maria da Rocha (viva); Clotildes Maria da Rocha Carvalho (viva) e Maria da Natividade Rocha (falecida).

Maria Francisca das Dores, que nasceu em 25 de dezembro de 1896, faleceu aos 59 anos vítima de problemas cardíacos, em 15 de agosto de 1954, em sua residência na comunidade Arara, zona rural do atual município de Alagoinha do Piauí.

Anos depois, Joaquim se mudou para o povoado Alagoinha e contraiu novas núpcias com Joana Cecília da Conceição, “Joana de Ló’, com quem teve um único filho, Antônio Joaquim da Rocha. 

Quinco era dono de várias propriedades rurais nas Piranhas, Pedras, Alagoinha, Cansanção e Arara. Era um homem polêmico e acabava se envolvendo em algumas pelejas com vizinhos de glebas. Um de seus arcos-rivais nestas confusões era seu primo legitimo e cunhado Josino Nicolau da Rocha, casado com Maria da Rocha Filha, irmã de Joaquim. Conta à história oral que os dois primos, sempre armados e preparados para a guerra, não aceitavam a retirada de um cipó para tanger os animais, se isto acontecesse às autoridades de Pio IX (PI) eram acionadas, que já sabiam do temperamento da dupla, e acabavam colocando panos quentes.

Joaquim Leopoldino da Rocha era um homem culto, gostava de está informado sobre os mais variados temos e sempre discutia a política nacional com parentes e amigos. Em um período no qual as notícias da capital do país quase não chegavam, ele já previa a conspiração nos bastidores da política brasileira, alertando “Carlos Lacerda vai dá o golpe”, se referindo ao político carioca da UDN que fazia oposição aos governos de Getúlio Vargas, Juscelino kubitschek e João Goulart, deu apoio civil ao Golpe Militar de 1964.

Joaquim faleceu aos 81 anos de idade, no dia 20 de junho de 1975 e seu corpo foi sepultado no Cemitério de “Sérgio” no município de Alagoinha do Piauí.

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