Ricardino da Rocha Soares




Filho do Coronel Joaquim da Rocha Soares com sua primeira esposa, Francisca Maria da Conceição, Ricardino da Rocha Soares nasceu por volta de 1859, na Fazenda Piranhas, localizada a dois quilômetros de Alagoinha do Piauí. Seus avós paternos eram Cristóvão José de Carvalho e Paulina da Rocha Carvalho, residentes na Fazenda Guaribas, e avós maternos eram Ricardo Rodrigues de Carvalho e Maria Antônia da Conceição, colonizadores que chegaram a Fazenda Piranhas no ano de 1836.

A agropecuária teve uma influência importante na fixação da Família Rocha nas margens do Rio Guaribas e posteriormente no Rio Marçal. A vida rudimentar não permitia fácil acesso à água e os rios permitiam a criação de gado em grande escala, pois além de água, conservavam o pasto no período de seca.

Percy Lau - Feira de Gado

Alguns descendentes mantiveram a tradição de criar rebanhos de gado voltados para produção dos derivados do leite como queijo, coalhada e manteiga até a década de 1990. As últimas gerações acabaram abandonando a vida sofrida do campo e através dos estudos se enveredaram pelas modernas profissões exigidas pelo mercado de trabalho contemporâneo.  

Ricardino viveu a infância e juventude no ápice econômico da pecuária que exigia longas extensões de terras cortando vários municípios. Naquela época, o conforto era mínimo, as casas eram todas de taipas, o transporte era feito em lombo do burro e o poderio econômico era medido em cabeças de gado.

Caravana de mercadores, de acordo com Rugendas


Ricardino ainda não havia completado 20 anos quando desposou sua prima legítima por parte de pai e mãe, Joana Maria de Jesus, que era filha do irmão da sua mãe Valentim Rodrigues de Carvalho e da irmã de seu pai Mariana Francisca de Jesus.

O casal que passou a residir na região que hoje pertence a São Julião (PI) tiveram os seguintes filhos: Prima Maria da Conceição, Armínio Ricardino da Rocha, Eulália Maria de Jesus, Joaquim Ricardino da Rocha e Valentim Ricardino da Rocha.

No início da década de 1890, após ficar viúvo prematuramente, Ricardino contraiu núpcias com sua cunhada Vitalina Maria São José, também filha de Valentim e Mariana. Desta segunda união, nascem Josina Vitalina de Jesus, Custódia Vitalina de Jesus e Maria Vitalina de Jesus.

No dia 8 de julho de 1898, Vitalina faleceu deixando órfãos de mãe três crianças. No inicio do novo século, Ricardino resolveu se casa pela terceira vez. Desta vez a esposa escolhida foi sua prima Maria Francisca da Conceição, filha do seu tio materno, o fazendeiro Manoel Francisco de Carvalho, o “Nezeiro” e Francisca Rosa da Conceição.

A nova união resultou nos nascimentos de Antônia Maria da Conceição, José Ricardino da Rocha, Francisco Ricardino da Rocha, Manoel Ricardino da Rocha, Joaquim Ricardino da Rocha, Constâncio Ricardino da Rocha, Maria Estrela da Conceição, Teresa Maria da Conceição, Antônio Ricardino da Rocha, Edwiges Maria da Conceição, Francisca Maria da Conceição, João Ricardino da Rocha, Pedro Ricardino da Rocha e Rosa Maria da Rocha.

Ao longo da vida, Ricardino da Rocha Soares desenvolveu a pecuária na região onde hoje está localizada à comunidade “Porcos” em São Julião (PI) e exerceu funções na administração policial do município de Jaicós (PI), sendo nomeado nas primeiras décadas do século XX subdelegado do Segundo Distrito, cargo da Guarda Nacional que proporcionava ao portador patente militar e  respeito regional.

Batalhão de Fuzileiros da Guarda Nacional (1840–1845)


Além de São Julião, Fronteiras, Alagoinha do Piauí e Picos, municípios nos quais o DNA de Ricardino está bastante presente, os descendentes dos seus 22 filhos, frutos dos três casamentos, se espalharam por varias Unidades da Federação levando o sobrenome Rocha e contribuindo com o progresso nas mais variadas áreas desde serviços, passando pela política, comércio, indústria e pecuária.

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